Você sabia? Mais de 2 milhões de brasileiros foram diagnosticados com autismo, segundo o Censo

Foto: Reprodução 


Levantamento inédito do IBGE mostra que 1,2% da população brasileira recebeu diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O Brasil registra oficialmente 2,4 milhões de pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), segundo dados divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número equivale a 1,2% da população nacional, de acordo com o Censo Demográfico 2022.

A pesquisa incluiu, pela primeira vez, um levantamento específico sobre o autismo, trazendo à tona dados fundamentais para políticas públicas, inclusão e garantia de direitos às pessoas com TEA e suas famílias.

Inclusão do autismo no Censo: uma conquista da sociedade

A inclusão do quesito sobre o autismo no Censo só foi possível graças à Lei nº 13.861/2019, que alterou a Lei nº 7.853/1989. Essa mudança garantiu que o IBGE passasse a coletar informações sobre pessoas com TEA nos censos demográficos, um avanço significativo para a comunidade autista no país.

“Esse dado é fundamental para orientar políticas públicas, mapear as necessidades dessa população e construir uma sociedade mais inclusiva”, destacou o IBGE durante a apresentação dos dados.

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Entenda o que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por desafios na comunicação social, na interação e pela presença de comportamentos restritivos e repetitivos. Ele se manifesta em diferentes níveis, que variam de leve a severo, impactando cada indivíduo de forma única.

De acordo com especialistas, o diagnóstico precoce e o acompanhamento terapêutico adequado são essenciais para promover qualidade de vida, desenvolvimento e autonomia para as pessoas no espectro.

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Dados refletem realidade, mas ainda há subnotificação

Apesar do avanço, especialistas apontam que os números podem ser ainda maiores. Muitos brasileiros não possuem acesso a diagnóstico, seja pela falta de profissionais capacitados, seja pelas longas filas nos serviços públicos de saúde.

“Ainda existe muita desinformação e falta de acesso. O número divulgado é expressivo, mas sabemos que muitas famílias continuam sem diagnóstico e, consequentemente, sem apoio adequado”, alertou a psicóloga clínica Ana Ribeiro, especialista em neurodesenvolvimento.

Políticas públicas e direitos garantidos

Com o dado oficial, espera-se que os governos, em todas as esferas, possam fortalecer as políticas públicas de inclusão. A legislação brasileira já assegura diversos direitos às pessoas com TEA, como:

  • Atendimento prioritário em serviços públicos e privados;
  • Acesso à educação inclusiva, com suporte especializado;
  • Tratamento multiprofissional pelo Sistema Único de Saúde (SUS);
  • Benefícios como o BPC (Benefício de Prestação Continuada), para famílias de baixa renda.

Orientações e busca por diagnóstico

Se você suspeita que uma criança, adolescente ou adulto possa estar no espectro, é fundamental buscar avaliação com profissionais especializados, como neurologistas, psiquiatras e psicólogos.

A rede pública de saúde, através das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), oferece suporte para encaminhamento e acompanhamento.

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