Ex-policial do Bope cobrava até R$ 1.500 por hora para treinar traficantes, aponta Polícia Civil

 

Foto: Reprodução 

Investigações revelam que Ronny Pessanha, de 33 anos, oferecia treinamento tático e de tiro para chefes do tráfico ligados ao Comando Vermelho

A Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou, nesta semana, que o ex-policial militar do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Ronny Pessanha de Oliveira, de 33 anos, cobrava até R$ 1.500 por hora para treinar chefes do tráfico de drogas na capital fluminense. As informações foram divulgadas pelo RJ2, da TV Globo.

Preso no início do ano passado, Ronny oferecia treinamentos que mesclavam exercícios físicos intensos, técnicas de tiro e simulações de confrontos, segundo apontam as investigações conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF).

Atuação com o Comando Vermelho

De acordo com os agentes da DRF, Ronny Pessanha tinha ligação direta com o Comando Vermelho (CV), uma das maiores facções criminosas do Rio de Janeiro. Antes de prestar serviços ao tráfico, ele já estava envolvido em extorsões, grilagem de terrenos e crimes na Zona Oeste da cidade.

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As apurações mostram que o ex-policial, com vasta experiência em operações táticas, transferiu seus conhecimentos militares para o crime organizado, contribuindo para o fortalecimento bélico e tático das facções.

Como funcionavam os treinamentos

Os treinamentos oferecidos por Ronny eram realizados em áreas isoladas, longe da vigilância policial. Eles incluíam:

  • Treinos físicos de resistência e agilidade;
  • Aulas práticas de tiro ao alvo e manejo de armas de grosso calibre;
  • Simulações de situações de combate, abordagens e fugas.

O valor, que podia chegar a R$ 1.500 por hora, variava conforme a demanda e a quantidade de participantes. A Polícia acredita que, além de traficantes, seguranças de criminosos e operadores logísticos do tráfico também foram treinados por ele.

Foto: Reprodução 

Prisão e desdobramentos das investigações

Ronny Pessanha foi preso no início de 2024, durante uma operação que visava desarticular uma quadrilha especializada em grilagem de terras, extorsões e apoio logístico ao tráfico. Desde então, as investigações continuam para identificar outros ex-agentes de segurança que possam estar envolvidos no apoio ao crime organizado.

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Aumento da violência e desafios para a segurança pública

Este caso expõe mais uma vez os desafios enfrentados pela segurança pública no Brasil, especialmente nas grandes capitais. O tráfico de drogas tem se sofisticado, recrutando profissionais especializados, inclusive ex-militares e ex-policiais, para treinar seus integrantes.

Especialistas alertam que, enquanto não houver uma política eficaz de reinserção social para ex-agentes e um combate estruturado às facções, casos como este podem se tornar cada vez mais comuns.


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