Os problemas cardiovasculares continuam sendo a principal causa de mortes no Brasil e no mundo. Recentemente, especialistas têm soado um alerta para o avanço significativo dos casos de arritmia cardíaca, uma condição que afeta diretamente o ritmo dos batimentos do coração e que, se não tratada, pode levar a complicações graves, como AVC, insuficiência cardíaca e até morte súbita.
O cardiologista Eduardo Saad, coordenador do Centro de Arritmia do Hospital Pró-Cardíaco, classifica o cenário atual como uma “epidemia silenciosa”, destacando que milhões de brasileiros podem estar convivendo com essa condição sem saber.
O que é arritmia cardíaca e por que ela é tão perigosa?
A arritmia cardíaca é uma alteração no ritmo dos batimentos do coração, que podem ficar acelerados (taquicardia), lentos (bradicardia) ou irregulares. Embora algumas arritmias sejam benignas, outras podem ser potencialmente fatais, especialmente se não forem diagnosticadas e tratadas a tempo.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), cerca de 20 milhões de brasileiros vivem com algum tipo de arritmia, muitas vezes sem apresentar sintomas evidentes.
Fatores que estão impulsionando o aumento das arritmias
Segundo especialistas, diversos fatores estão diretamente ligados ao crescimento dos casos:
- Estresse e ansiedade crônicos
- Sedentarismo
- Má alimentação rica em alimentos ultraprocessados
- Consumo excessivo de álcool, cigarro e drogas
- Uso exagerado de cafeína e bebidas energéticas
- Sequelas da Covid-19, que deixou impactos no sistema cardiovascular
- Automedicação e uso indiscriminado de medicamentos
"É uma doença silenciosa. Muitas vezes, o primeiro sinal é uma complicação grave, como um AVC ou uma parada cardíaca", alerta o cardiologista Eduardo Saad.
Sinais de alerta: fique atento aos sintomas
Embora nem sempre os sintomas sejam perceptíveis, alguns sinais merecem atenção imediata:
- Palpitações (sensação de batimentos acelerados ou irregulares)
- Tontura ou sensação de desmaio
- Cansaço fora do comum
- Falta de ar
- Dor no peito
- Desmaios repentinos
Ao apresentar qualquer um desses sinais, é fundamental procurar um cardiologista imediatamente.
Diagnóstico precoce salva vidas
O diagnóstico da arritmia é feito por meio de exames simples, como:
- Eletrocardiograma (ECG)
- Holter 24 horas
- Ecocardiograma
- Teste ergométrico
O tratamento depende do tipo e da gravidade da arritmia e pode incluir o uso de medicamentos, procedimentos de ablação cardíaca, além de marcapasso ou desfibriladores implantáveis, quando necessário.
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Como prevenir a arritmia cardíaca?
Prevenir é sempre o melhor caminho. Veja as principais recomendações dos cardiologistas:
- Pratique atividades físicas regularmente
- Tenha uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras e alimentos naturais
- Evite o consumo excessivo de álcool, cafeína e bebidas energéticas
- Abandone o cigarro e o uso de drogas
- Controle o estresse e cuide da saúde mental
- Realize check-ups cardiológicos regulares, especialmente se tiver histórico familiar de problemas cardíacos
"Cuidar do coração é um investimento na sua saúde, qualidade de vida e longevidade", reforça Eduardo Saad.
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