O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira (1º) que seu país está preparado para a luta armada caso seja alvo de uma invasão militar dos Estados Unidos. Em entrevista coletiva, Maduro destacou que o país mantém um “período especial de preparação máxima” e que qualquer ataque será respondido em defesa do território e do povo venezuelano.
Recentemente, o governo dos EUA enviou três destróieres da classe Arleigh Burke, um cruzador da classe Ticonderoga e um submarino nuclear para águas próximas à Venezuela. Ao todo, mais de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais estão mobilizados, com capacidade de lançamento de mais de 400 mísseis. O objetivo, segundo Washington, é pressionar o regime venezuelano sob a justificativa de combate ao narcotráfico na região.
Apesar do poderio americano, especialistas alertam que Caracas possui mísseis antinavio capazes de ameaçar as embarcações dos EUA, segundo o Balanço Militar de 2025, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos de Londres.
No início de agosto, os EUA anunciaram uma operação militar permanente contra o tráfico de drogas no Caribe, que posteriormente passou a ter foco em Maduro. O ex-presidente Donald Trump aumentou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levassem à captura do líder venezuelano, acusado de liderar um suposto cartel de drogas.
Dados das Nações Unidas indicam que a maior parte da cocaína que chega aos EUA viaja pelo Oceano Pacífico, enquanto o restante é transportado por voos clandestinos sobre o Caribe, questionando a efetividade da presença naval americana na região.
Maduro afirmou que a Venezuela enfrenta “a maior ameaça já vista no nosso continente nos últimos 100 anos” e criticou a presença militar americana, descrevendo-a como “uma ameaça extravagante, injustificável, imoral e absolutamente criminosa”.
O líder venezuelano ainda mencionou que existem dois canais de diálogo com o governo dos EUA, mas que atualmente estão prejudicados devido à “diplomacia de navios de guerra”, classificando a ação como errática e equivocada.
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