EUA cancelam vistos da esposa e da filha do ministro Alexandre Padilha em retaliação ao Mais Médicos

 

Foto: Reprodução 

O governo dos Estados Unidos cancelou os vistos da esposa e da filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A medida, anunciada nesta sexta-feira (15/8), faz parte de um conjunto de sanções relacionadas ao programa Mais Médicos, implementado no Brasil em parceria com profissionais cubanos.

Segundo documentos enviados pelo Consulado-Geral dos EUA em São Paulo, as familiares de Padilha não estão mais “elegíveis” para entrar em território norte-americano. Elas permanecem no Brasil e, caso estivessem em solo americano, poderiam ficar até o vencimento da autorização. O visto do ministro não foi afetado, já que não está em vigência.

Na quarta-feira (13/8), o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou a revogação de vistos de funcionários brasileiros ligados ao Mais Médicos. Entre eles estão Mozart Julio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-coordenador-geral da COP30. Ambos integravam a pasta durante a implantação do programa.

A decisão também atingiu ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), acusados de atuar como intermediários no repasse de recursos entre Brasil e Cuba, o que, segundo Washington, teria violado sanções impostas ao regime cubano.

Em comunicado, o Departamento de Estado afirmou que “essas autoridades usaram a Opas como intermediária com a ditadura cubana para implementar o programa sem seguir os requisitos constitucionais brasileiros, driblando as sanções dos EUA e pagando ao regime cubano o que era devido aos profissionais de saúde cubanos”.

O Mais Médicos foi criado em 2013 para ampliar a cobertura de atenção básica no Brasil, especialmente em áreas remotas e de difícil acesso. Grande parte dos profissionais recrutados veio de Cuba, o que gerou atritos diplomáticos desde o início do projeto.

De acordo com o governo norte-americano, dezenas de médicos cubanos relataram ter sido explorados pelo regime de Havana durante o período em que atuaram no Brasil.

Por meio de seu perfil no X (antigo Twitter), Alexandre Padilha afirmou que o Mais Médicos “vai sobreviver” aos ataques e ressaltou que o programa é aprovado pela população brasileira.

“O Mais Médicos, assim como o PIX, sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja. O programa salva vidas e é aprovado por quem mais importa: a população brasileira. Não nos curvaremos a quem persegue as vacinas, os pesquisadores, a ciência e, agora, duas das pessoas fundamentais para o Mais Médicos”, declarou o ministro.


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