Quadrilha que aplicava golpes com anúncios falsos de veículos e gado é desarticulada em megaoperação policial

 

Foto: Reprodução 

Grupo causou prejuízos superiores a R$ 800 mil com fraudes eletrônicas em quatro estados; líder operava de dentro de presídio em Cuiabá

A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira (15/07), a Operação Reversus, que resultou no desmantelamento de uma quadrilha especializada em fraudes eletrônicas nos estados do Mato Grosso, Rio de Janeiro, Piauí e Minas Gerais. O grupo aplicava golpes do tipo “falso intermediário”, utilizando plataformas digitais como o Facebook para enganar vítimas interessadas na compra de veículos e gado.

De acordo com a investigação, os prejuízos ultrapassam R$ 800 mil, com transferências realizadas por Pix para contas bancárias indicadas pelos criminosos.

As investigações apontam que o esquema era liderado por um detento da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá (MT), que já possui condenações que somam mais de 40 anos por crimes como homicídio e tráfico de drogas. Mesmo preso, ele mantinha comunicação com comparsas e coordenava toda a logística dos golpes.

A estrutura da organização incluía funções específicas: membros responsáveis pela criação de anúncios falsos, outros pela movimentação financeira e um setor dedicado à ocultação dos valores em uma complexa rede de contas bancárias.

Um dos investigados foi preso na capital piauiense, Teresina, por envolvimento direto no esquema criminoso. Entre os casos rastreados, destaca-se uma transferência de R$ 45 mil feita por uma das vítimas, valor que percorreu contas em três estados diferentes antes de ser centralizado na conta de uma investigada residente em Minas Gerais.

Essa mulher, segundo a polícia, já possui condenações anteriores por fraude, mora em um condomínio de luxo e é viúva de um criminoso vinculado ao narcotráfico.

No total, foram cumpridos 27 mandados de prisão preventiva e 24 mandados de busca e apreensão, inclusive dentro de unidades prisionais. A Justiça também determinou o sequestro de bens no valor de até R$ 100 mil por investigado, além do bloqueio de contas bancárias que, somadas, podem atingir o montante de R$ 2,7 milhões.

A polícia classificou a organização como altamente estruturada, com divisão de tarefas bem definida e métodos sofisticados para dificultar o rastreamento do dinheiro.

Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas que podem ultrapassar os 30 anos de prisão.

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