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Mulher de 31 anos transportava canetas emagrecedoras presas ao corpo; substância mais potente que o Mounjaro é proibida no Brasil
Uma mulher cearense de 31 anos, natural da cidade de Tauá, no interior do Ceará, foi presa em flagrante pela Polícia Federal (PF) na noite da última quarta-feira (4), no Aeroporto Internacional de Salvador. Ela foi autuada sob suspeita de contrabando, ao transportar ilegalmente 90 unidades de medicamentos utilizados para emagrecimento, conforme informou a Receita Federal.
A prisão foi resultado de uma ação conjunta entre os fiscais da Receita e a PF, iniciada após alerta emitido por equipes do Aeroporto Internacional de Fortaleza. A suspeita havia desembarcado de um voo procedente de Madri, com origem em Bruxelas, na Bélgica. Fortaleza era o destino final.
Medicamentos de alto valor estavam presos ao corpo da passageira
Durante a abordagem, os agentes encontraram 60 canetas de Synedica Retatrutide e 30 unidades de Mounjaro, substâncias que não possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e cuja importação é proibida para fins comerciais. O valor estimado do material apreendido chega a R$ 400 mil.
O Synedica Retatrutide, segundo a Receita Federal, está atualmente em fase de testes clínicos e ainda não possui liberação para uso no Brasil. Estudos apontam que seu efeito é mais potente que o Mounjaro, pois atua com uma combinação de três hormônios que reduzem o apetite e aumentam a queima de gordura corporal.
Riscos e ilegalidade no uso de medicamentos sem registro
Além da questão legal, o uso de medicamentos sem aprovação da Anvisa representa um risco grave à saúde pública. A Anvisa reforça que a venda, comercialização e propaganda de medicamentos não autorizados configura infração sanitária, podendo resultar em penalidades civis, administrativas e criminais.
Em casos semelhantes, clínicas e profissionais de saúde já foram alvos de fiscalização.
Desdobramentos do caso
A Receita Federal lavrou o Termo de Retenção dos produtos, que foram encaminhados, junto com a mulher, à custódia da Polícia Federal. A cearense permanece à disposição da Justiça e responderá pelo crime de contrabando, previsto no artigo 334 do Código Penal Brasileiro.
As investigações seguem em andamento para apurar se há participação de outras pessoas ou conexões com redes de tráfico internacional de medicamentos.
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