ONU critica ação militar de Trump no Irã e teme colapso da segurança internacional

 

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, emitiu um alerta contundente neste sábado (21), após os Estados Unidos confirmarem ataques aéreos contra três instalações nucleares no Irã. A ação, ordenada pelo presidente norte-americano Donald Trump, marca uma escalada perigosa na tensão entre os dois países, gerando reações imediatas da comunidade internacional e aumentando o temor de um conflito de grandes proporções no Oriente Médio.

Em nota oficial publicada pela Organização das Nações Unidas e repercutida pela agência Reuters, António Guterres afirmou que os bombardeios representam uma "escalada perigosa em uma região que já está no limite — e uma ameaça direta à paz e à segurança internacional". O líder da ONU destacou ainda que há um risco crescente de que o conflito saia rapidamente do controle, gerando consequências catastróficas para civis, a região e o mundo.

Segundo Guterres, "não há solução militar" para a crise e a única saída possível é o retorno urgente à diplomacia. Ele apelou para que todos os Estados-Membros se comprometam com o direito internacional e os princípios da Carta da ONU.

O ataque aéreo realizado pelos Estados Unidos teve como alvos três instalações nucleares localizadas nas cidades de Natanz, Esfahan e Fordow, no Irã. As estruturas são consideradas pontos estratégicos do programa nuclear iraniano. De acordo com o governo de Teerã, os locais foram severamente danificados e há risco de vazamento interno de radiação, embora a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) tenha informado que, até o momento, não foram detectados níveis de radiação fora das instalações.

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A ofensiva norte-americana gerou reações distintas no cenário internacional. Enquanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, elogiou a ação como um “passo historicamente necessário”, países como Venezuela, Cuba e México condenaram os bombardeios e pediram uma resposta diplomática urgente para evitar o agravamento do conflito.

Analistas políticos e especialistas em direito internacional alertam para a possibilidade de violação de tratados internacionais e temem que a ação dos EUA leve a um confronto armado de maior escala, envolvendo outras potências regionais.

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Além do impacto político e diplomático, cresce a preocupação com as possíveis consequências humanitárias do conflito. Segundo a ONU, uma guerra aberta entre Estados Unidos e Irã colocaria em risco a vida de milhões de civis e poderia gerar uma nova onda de instabilidade no Oriente Médio, com reflexos econômicos e migratórios para todo o mundo.

A situação é acompanhada de perto por diversas agências internacionais, que já discutem possíveis planos de resposta humanitária caso o cenário evolua para um confronto prolongado.


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