EUA realizam bombardeio em instalações nucleares do Irã e aumentam tensão no Oriente Médio

 

Donald Trump confirma ação militar contra Fordow, Natanz e Isfahan e diz que “agora é a hora da paz”; Irã classifica ataque como perigoso e promete resposta

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite deste sábado (21), por meio de uma publicação em sua rede Truth Social, que forças norte-americanas realizaram um ataque militar “muito bem-sucedido” contra três instalações nucleares no Irã: Fordow, Natanz e Isfahan. A operação teria envolvido bombardeiros estratégicos e bombas de alta penetração, conhecidas como “bunker busters”, com o objetivo de desmantelar a capacidade nuclear iraniana.

Segundo Trump, todos os aviões envolvidos na missão já deixaram o espaço aéreo iraniano e retornaram em segurança. “Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso”, declarou o Presidente, reforçando que o objetivo da operação era evitar que o Irã obtivesse armamento nuclear.

A ofensiva militar ocorre em meio à crescente tensão entre Israel e Irã, especialmente após ataques israelenses a alvos iranianos em território sírio e à morte de líderes militares iranianos em operações recentes. O ataque dos Estados Unidos é visto como uma resposta coordenada com Israel para conter o avanço do programa nuclear iraniano, considerado uma ameaça direta à segurança regional.

A operação americana foi lançada após o esgotamento de um prazo de 60 dias, estipulado por Trump, para que o Irã aceitasse negociar um novo acordo nuclear. O Presidente afirmou que “agora é a hora da paz”, mas enfatizou que a paz só é possível mediante força e ação preventiva.

O governo iraniano classificou o ataque como “muito perigoso” e alertou que qualquer envolvimento americano no conflito com Israel poderá desencadear uma resposta “sem precedentes”. Líderes militares iranianos prometeram retaliar e convocaram reuniões de emergência com aliados da região.

Especialistas alertam para o risco de escalada militar em todo o Oriente Médio, com possíveis ataques a bases americanas, navios no Golfo Pérsico e até represálias contra aliados ocidentais. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) expressou preocupação com os danos às instalações e à segurança nuclear global.

A operação também causou divisões no cenário político norte-americano. Enquanto republicanos tradicionalistas elogiaram a ação como necessária para a segurança mundial, membros do Partido Democrata e da ala isolacionista do próprio Partido Republicano criticaram a falta de consulta ao Congresso e os riscos de envolvimento prolongado em mais um conflito no Oriente Médio.

Pesquisas iniciais mostram que cerca de 65% dos eleitores conservadores do movimento MAGA apoiam a ação, segundo levantamento do instituto J.L. Partners. No entanto, analistas apontam que a continuidade dos bombardeios pode comprometer a estabilidade global e dificultar negociações diplomáticas.

Analistas militares afirmam que as instalações atacadas, especialmente Fordow, são fortemente protegidas por camadas de concreto subterrâneo. Embora as bombas utilizadas sejam capazes de perfurar estruturas profundas, ainda não há confirmação sobre o real nível de destruição causado.

Especialistas em segurança internacional advertem que, mesmo com sucesso técnico, a operação poderá fortalecer o sentimento antiamericano na região e impulsionar novos recrutamentos por grupos armados alinhados ao Irã. O impacto também pode atingir o mercado global de petróleo, com elevação dos preços e riscos a rotas comerciais estratégicas.

Donald Trump concedeu um novo prazo de duas semanas para a retomada de negociações diplomáticas com o Irã, apesar dos bombardeios. Segundo ele, “a porta da paz está aberta”, desde que o Irã aceite interromper totalmente o enriquecimento de urânio.

Enquanto isso, países europeus e organismos internacionais, como a ONU e a AIEA, pedem contenção imediata e alertam para os riscos de um conflito generalizado. A comunidade internacional acompanha com apreensão os desdobramentos da ação, que pode marcar o início de uma nova fase de instabilidade no Oriente Médio.

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