Crise nas Eliminatórias: Seleção da Bolívia é retida na Venezuela e denuncia “sequestro de Estado”

 

Retenção da delegação boliviana em Maturín expõe tensão diplomática e levanta suspeitas de sabotagem nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Delegação foi impedida de retornar à Bolívia mesmo com documentação regularizada

A madrugada do último sábado (7) foi marcada por um episódio gravíssimo envolvendo a seleção da Bolívia após a derrota por 2 a 0 para a Venezuela pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026. A delegação boliviana foi impedida de deixar o país, após ter seu voo bloqueado no aeroporto de Maturín, mesmo com todos os documentos em ordem.

Sem explicações oficiais convincentes, os jogadores e a comissão técnica foram obrigados a retornar escoltados ao hotel. A justificativa informal foi um suposto “problema no tráfego aéreo”, prontamente contestado por membros da equipe boliviana. “Havia apenas dois voos em operação. Não há como negar que estamos sendo sabotados”, declarou Harold Howard, chefe de segurança da delegação.

Bolívia denuncia violação internacional e aciona Itamaraty local

A Federação Boliviana de Futebol (FBF) acionou imediatamente o Itamaraty do país, denunciando o ato como uma grave violação internacional. O treinador interino, Óscar Villegas, afirmou que já havia alertado as autoridades sobre possíveis manobras por parte do regime venezuelano. “Temíamos represálias. Infelizmente, a previsão se confirmou”, disse.

A delegação ficou retida por mais de 12 horas e só conseguiu autorização para retornar no início da tarde do sábado. O voo chegou a Santa Cruz por volta das 16h, seguindo depois para La Paz. O atraso comprometeu a programação da equipe para a próxima rodada das Eliminatórias, contra o Chile, e provocou revolta entre dirigentes e torcedores.

Consequências esportivas e diplomáticas

O episódio repercutiu internacionalmente e elevou a tensão diplomática entre Bolívia e Venezuela. Além do impacto direto na preparação da seleção boliviana, o caso reacende o debate sobre interferências políticas em competições esportivas e coloca sob suspeita a condução das Eliminatórias na América do Sul.

A Bolívia já solicitou um posicionamento da CONMEBOL e pode formalizar protestos junto à FIFA, dependendo das explicações que (ou se) forem dadas pelo governo venezuelano.

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