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| Foto: Reprodução |
Influenciadora digital e o companheiro foram assassinados a mando da facção criminosa GDE após publicações nas redes sociais; sete envolvidos estão presos e caso foi remetido à Justiça.
A Polícia Civil do Ceará prendeu, na última quinta-feira (19), o sétimo e último suspeito de envolvimento no assassinato da influenciadora digital Maria Heloína Eugênio Barbosa, conhecida como Bia Dançarina, e seu companheiro, Francisco Neto Gomes da Rocha. O homem, de 42 anos, foi localizado na zona rural de Barreira e é apontado como um dos autores dos disparos que mataram o casal em fevereiro deste ano, no município de Baturité.
A prisão foi realizada pelas equipes das delegacias de Baturité e Barreira. Durante a abordagem, o suspeito resistiu e foi autuado também por resistência à prisão, além de ter o mandado de prisão preventiva cumprido.
O crime teve grande repercussão nas redes sociais e na imprensa. De acordo com as investigações, a execução de Bia e do companheiro foi ordenada pela facção Guardiões do Estado (GDE), após a influenciadora publicar conteúdos que teriam desagradado membros do grupo criminoso.
O casal foi morto dentro de casa, no bairro São Francisco, em Baturité, no dia 13 de fevereiro. Os criminosos invadiram a residência e executaram os dois com vários disparos de arma de fogo.
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Desde o crime, a Polícia Civil deflagrou uma série de diligências e operações que resultaram na prisão de todos os envolvidos. O suposto mandante, identificado como Francisco Afonso Araújo Barreto, conhecido como “Terrorista”, foi preso em março deste ano. Ele é apontado como um dos chefes da facção GDE e já responde por diversos crimes, incluindo homicídio, tráfico de drogas, motim e roubos.
Em maio, outros cinco suspeitos foram capturados, entre eles uma mulher. Um dos presos foi autuado também por tráfico de drogas. Agora, com a prisão do sétimo envolvido, o inquérito foi concluído e remetido ao Poder Judiciário pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), que denunciou todos os suspeitos formalmente.
Bia Dançarina era bastante conhecida na região por seu conteúdo nas redes sociais, especialmente vídeos dançando no “Forró da Feira”, evento popular em Baturité. Ela acumulava cerca de 70 mil seguidores no Instagram e era considerada uma figura carismática e espontânea.
Apesar da popularidade, registros policiais apontam que Bia tinha antecedentes por ameaça e crimes contra a administração pública. O companheiro também possuía ficha criminal por roubo. No entanto, o duplo homicídio causou comoção entre familiares, seguidores e moradores da cidade.
Com a conclusão das investigações e o encaminhamento do caso à Justiça, o processo segue agora sob análise do Judiciário. Os sete acusados aguardam julgamento e podem responder por duplo homicídio qualificado, além de outros crimes relacionados, como organização criminosa, resistência e tráfico de drogas.
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