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Foto: Reprodução |
Processo sobre tentativa de golpe acelera no Supremo e defesa já trabalha com cenário de condenação
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser preso até outubro de 2025, segundo previsão feita por advogados que representam réus no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil. A avaliação é compartilhada por aliados próximos, e até familiares do ex-mandatário já tratam esse desfecho como uma possibilidade concreta.
Cronograma do STF indica reta final do julgamento
O julgamento de Bolsonaro e de outros sete réus do chamado "núcleo central" da trama golpista já está em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF). A última fase de depoimentos foi encerrada no dia 10 de junho.
A partir de agora, o processo segue os seguintes prazos:
- 5 dias úteis para que as defesas solicitem diligências adicionais;
- 15 dias úteis para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente as alegações finais;
- Outros 15 dias úteis para o delator Mauro Cid e os demais advogados apresentarem suas manifestações.
Com isso, o processo poderá ser finalizado entre julho e agosto, abrindo caminho para que o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, finalize o relatório e o submeta ao plenário do STF.
Defesa já projeta embargos e prisão a partir de outubro
Após a condenação, o próximo passo será a apresentação de embargos pelas defesas. No entanto, segundo juristas próximos ao caso, a expectativa é que a maioria dos ministros rejeite esses recursos com rapidez, o que pode resultar na execução imediata da pena já em outubro.
O ex-presidente poderá recorrer à instância plena, mas a execução provisória da pena não está descartada, como já ocorreu em outros casos de grande repercussão nacional.
Depoimento no STF: Bolsonaro nega golpe, mas admite reuniões “alternativas”
No depoimento prestado ao STF, Bolsonaro negou ter liderado um golpe, mas admitiu que participou de reuniões nas quais se discutiram “alternativas” para permanecer no poder após a derrota nas eleições de 2022. Segundo ele, essas ideias teriam sido rapidamente descartadas por falta de respaldo legal.
O ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada, revelou que Bolsonaro incentivava a resistência ao resultado das urnas e chegou a aprovar minutas com propostas autoritárias.
Possível condenação pode ultrapassar 12 anos de prisão
Caso seja condenado, Bolsonaro pode enfrentar uma pena superior a 12 anos de prisão, sem contar outros processos em andamento, como os relacionados à falsificação de cartões de vacinação e à disseminação de desinformação durante a pandemia da Covid-19.
O avanço dos julgamentos gera forte preocupação entre os aliados políticos e familiares do ex-presidente, que já consideram o cenário de uma prisão em curto prazo.
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