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| Foto: Reprodução |
Jovem foi encontrada em apartamento na zona Sul da capital com sinais de agressão e sob efeito de substância; homem de 35 anos tem antecedentes criminais e foi autuado em flagrante
Uma adolescente de 15 anos, diagnosticada com autismo, esteve desaparecida por quatro dias em Teresina, gerando grande comoção e mobilização familiar e social. Segundo informações, ela desapareceu no dia 6 de junho após sair da Escola Municipal Deputado Antônio Gayoso, localizada no bairro São Joaquim, zona Norte da capital.
O pai da jovem, Marcelo Avelino, relatou que a filha costumava participar de aulas de reforço nas quartas e sextas-feiras e que naquele dia, ao chegar para buscá-la, foi informado pela escola de que ela não estava mais no local. Preocupada, a família registrou boletim de ocorrência e iniciou uma busca intensa, envolvendo apelos nas redes sociais para localizar a adolescente.
Jovem é encontrada em apartamento na zona Sul em estado de vulnerabilidade
Na tarde da última terça-feira (10), a Polícia Civil localizou a jovem em um imóvel no bairro Parque Piauí, zona Sul de Teresina, na casa de um homem identificado como Julieno da Silva Gonçalves, de 35 anos. Conforme detalhou o delegado responsável pelo caso, Jorge Terceiro, a adolescente foi encontrada em estado alterado de consciência, apresentando dificuldades motoras e sem memória dos acontecimentos que a levaram ao local.
A jovem usava uma camisa fornecida pelo suspeito e, de acordo com exames realizados no Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (SAMVVIS), foi vítima de violência sexual. A investigação aponta que ela pode ter sido submetida a alguma substância tóxica durante o período em que esteve no imóvel.
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Suspeito detido e versões contraditórias
Julieno da Silva Gonçalves, que mora sozinho no apartamento onde a adolescente foi encontrada, possui antecedentes criminais e foi preso em flagrante por estupro de vulnerável e cárcere privado.
Em depoimento, ele afirmou que encontrou a jovem andando pela rua e que ela teria pedido para ficar em sua casa, negando ter qualquer relação ou envolvimento com a garota. Já a adolescente declarou não conhecer o homem e que não lembra como chegou até o local, relatando ter sido mantida contra a vontade.
“Considerando que a jovem apresenta sinais evidentes de autismo, e o fato do suspeito não ter acionado as autoridades ao encontrá-la, esta conduta configura crime grave, agravado pela vulnerabilidade da vítima”, explicou o delegado Jorge Terceiro.
Estado de saúde e acompanhamento da vítima
A advogada da família, Rosemary Farias, informou que a adolescente está em estado de choque e sob acompanhamento psicológico e médico especializado. “Ela está emocionalmente fragilizada e com dificuldade para recordar os fatos, o que é comum em situações de trauma. A família está profundamente abalada”, declarou.
A jovem segue recebendo apoio de uma equipe multidisciplinar para atendimento integral, visando sua recuperação física e emocional.
Investigação em curso e apoio da comunidade
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) está conduzindo as investigações, incluindo a análise de imagens de câmeras de segurança da região, depoimentos e exames complementares. A polícia busca esclarecer todas as circunstâncias do desaparecimento, a possibilidade de premeditação e se há participação de outras pessoas no caso.
Autoridades reforçam a importância da colaboração da população para identificar e denunciar situações suspeitas envolvendo crianças e adolescentes.
Canais de denúncia
Para denúncias anônimas e proteção da infância e adolescência, os seguintes canais estão disponíveis:
- Disque 100 – Direitos Humanos
- Disque 181 – Denúncia Anônima
- Polícia Militar – 190
- Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA)
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