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MC Poze do Rodo, Orochi, Oruam e Cabelinho estão entre os investigados por apologia ao crime
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (29), uma operação que tem como alvo a gravadora Mainstreet Records, uma das maiores do país no segmento do funk e do rap. A investigação apura suspeitas de lavagem de dinheiro, associação ao tráfico de drogas e apologia a facções criminosas, como o Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando Puro (TCP).
A operação resultou na prisão do cantor Marlon Brandon Coelho, conhecido como MC Poze do Rodo, e colocou sob investigação outros artistas de grande notoriedade no cenário musical, como Orochi, Oruam e Cabelinho.
Gravadora na mira da Polícia
A Mainstreet Records, administrada pelo empresário Lucas Mendes Lang, o Lang, em parceria com o rapper Orochi, se tornou alvo da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Segundo o delegado Moyses Santanna, a investigação aponta que a gravadora, além de administrar carreiras artísticas, supostamente atua na produção de músicas que fazem apologia ao tráfico de drogas e às principais facções do Rio de Janeiro.
O inquérito também apura a possível utilização da estrutura da gravadora para lavagem de dinheiro proveniente do tráfico, através de contratos musicais, eventos e shows.
Artistas envolvidos na investigação
Além de Poze, Oruam, Cabelinho e Orochi, a Mainstreet Records representa outros nomes expressivos do funk, rap e trap nacional, como:
- Victor Hugo Oliveira do Nascimento, o Cabelinho
- Natanael Cauã Almeida de Souza, conhecido como Chefin
- Luiz Felipe Borges Campos, o Borges
- Bin, conhecido pelo trap de “sofrência”
- Bielzin
- Paulo Lourenço, o PL Quest
- Raffé
- Victor Elias Fontenele, o MvK
- Luiz Felipe Borges, o Leviano
- Felipe Micaela, conhecido como Dfideliz
Todos estão sendo citados nas investigações para verificar possíveis vínculos, embora nem todos tenham mandados judiciais contra si no momento.
Entenda a investigação
O delegado Moyses Santanna informou que as investigações começaram a partir da análise de letras de músicas, vídeos e movimentações financeiras consideradas incompatíveis com os rendimentos declarados.
"As músicas contêm, de forma recorrente, menções diretas a facções criminosas, além de exaltação ao tráfico de drogas e ostentação financiada por dinheiro ilícito", explicou o delegado.
A Polícia Civil também está apurando se os recursos oriundos de atividades criminosas estão sendo “lavados” por meio de contratos musicais, plataformas digitais e eventos promovidos pela gravadora.
Prisão de Poze do Rodo
A prisão de Poze do Rodo ocorreu na manhã desta quinta-feira (29), e o artista foi encaminhado para prestar depoimento na sede da DRE, no Rio de Janeiro. A defesa do cantor ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
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O que diz a Mainstreet Records
Até o momento, a gravadora Mainstreet Records e os artistas citados não divulgaram nenhuma nota oficial sobre as acusações e a operação policial.
Desdobramentos
A Polícia Civil informou que as investigações estão em curso e que outras diligências serão realizadas nos próximos dias, podendo haver novas prisões, quebras de sigilo bancário e apreensões.
O caso tem grande repercussão, não apenas pelo envolvimento de artistas de renome nacional, mas também pela relação entre o cenário artístico e organizações criminosas no Rio de Janeiro, o que abre um novo debate sobre os limites da arte e a responsabilidade social.
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