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Foto: Reprodução |
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmou, nesta quarta-feira (21), mais duas mortes provocadas pela febre do Oropouche, doença viral transmitida por um inseto conhecido como maruim, mosquito-pólvora ou polvinha.
As vítimas são duas mulheres: uma de 34 anos, moradora de Macaé, no Norte Fluminense, e outra de 23 anos, residente em Paraty, na Costa Verde. Ambas apresentaram os primeiros sintomas em março, foram internadas e faleceram poucos dias depois.
A confirmação foi feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ), após análises laboratoriais.
Apesar do alerta, a Secretaria informou que os dois casos são considerados episódios isolados, registrados há mais de dois meses. Desde então, não houve novos casos graves, internações ou óbitos relacionados à doença naqueles municípios.
O que é a febre do Oropouche?
A febre do Oropouche é uma doença viral transmitida principalmente pelo inseto Culicoides paraensis, mais conhecido como maruim. Assim como dengue, zika e chikungunya, é classificada como uma arbovirose.
Os principais sintomas são:
- Febre alta
- Dor de cabeça intensa
- Dores musculares e nas articulações
- Náuseas, vômitos e calafrios
O período de incubação varia entre 4 e 8 dias. Na maioria dos casos, os sintomas duram de 5 a 7 dias, com recuperação total. Entretanto, em pessoas mais vulneráveis, como crianças, idosos e imunossuprimidos, podem ocorrer complicações, como meningite e encefalite.
Casos aumentam no estado do Rio de Janeiro
De acordo com o boletim da Secretaria de Saúde, até o dia 21 de maio de 2025, o estado contabiliza:
- 1.581 casos registrados de febre do Oropouche
- 3 óbitos confirmados pela doença
Os municípios com maior número de notificações são:
- Cachoeiras de Macacu – 649 casos
- Macaé – 502 casos
- Angra dos Reis – 320 casos
- Guapimirim – 168 casos
- Paraty – 131 casos
A cidade de Piraí lidera em casos confirmados.
Secretaria de Saúde reforça medidas de prevenção
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O subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mário Sergio Ribeiro, alerta que o maruim é muito pequeno e frequente em áreas de mata, o que exige estratégias diferentes das usadas para combater a dengue.
As recomendações são:
- Usar roupas que cubram braços e pernas
- Aplicar repelente nas áreas expostas do corpo
- Manter terrenos limpos, sem folhas, frutos ou materiais orgânicos acumulados
- Instalar telas de malha fina em portas e janelas
Atenção sem pânico
A Secretaria de Saúde do Rio reforça que não há motivo para pânico, mas que a atenção precisa ser redobrada, especialmente nas regiões com maior número de notificações. A população deve permanecer alerta aos sintomas e procurar atendimento médico ao primeiro sinal da doença.
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