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| Foto: Reprodução |
O Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR) da Polícia Civil do Piauí prendeu nesta semana Lucas da Rocha Lima, apontado como figura central em um esquema milionário de anulação indevida de multas de trânsito na Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), em Teresina. Ele estava foragido desde a deflagração da Operação Reset.
A prisão ocorreu na sede da DECCOR, após monitoramento indicar que o suspeito retornaria do estado do Ceará. Lucas já estava acompanhado de sua advogada no momento da detenção.
A Operação Reset revelou que 2.419 multas foram canceladas de forma irregular entre fevereiro e junho de 2024, período em que Bruno Pessoa — sobrinho do ex-prefeito de Teresina, Dr. Pessoa — ocupava o cargo de superintendente da Strans.
De acordo com a investigação, Lucas da Rocha Lima, que atuava como gerente de Gestão de Trânsito da superintendência, foi responsável direto pela exclusão de 1.628 infrações — o que representa 73% do total anulado. O prejuízo aos cofres públicos foi estimado em R$ 367.486,64.
As apurações revelaram ainda que 419 multas foram canceladas fora do horário de expediente, por meio de acessos irregulares ao sistema da Strans. Em pelo menos 49 desses casos, não houve qualquer protocolo oficial que justificasse as anulações.
A Polícia Civil aponta que a atuação de Lucas foi estratégica dentro do esquema, tanto na operacionalização dos cancelamentos quanto na supressão de registros formais, o que dificultava a rastreabilidade dos atos.
A prisão de Lucas da Rocha Lima representa um passo importante para o avanço das investigações. A expectativa dos delegados Ferdinando Martins, Dênis Sampaio e Bernadete Santana — responsáveis pelo inquérito — é de que o depoimento do ex-gerente possa revelar a participação de outros servidores e agentes públicos envolvidos no esquema.
O caso segue sendo tratado como prioridade dentro do Pacto pela Ordem, conjunto de operações coordenadas pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí.
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