Crime cometido em 2021 ganhou desfecho nesta semana com julgamento no Tribunal do Júri
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| Foto: Reprodução |
PARNAÍBA – Quatro anos após o crime que abalou a cidade, o mototaxista Francisco Magno Soares Reis, conhecido como “Louro”, foi condenado a 16 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado, pelo assassinato da própria companheira, Maria de Nazaré dos Reis Santos, de 50 anos. A sentença foi proferida nesta semana pelo Tribunal do Júri de Parnaíba, no litoral do Piauí.
O julgamento acolheu integralmente a tese do Ministério Público, que argumentou que o crime foi cometido por motivo fútil e no contexto de violência doméstica. A defesa do réu alegou que o disparo foi acidental, ocorrido durante uma suposta luta pela posse da arma, mas essa versão foi rejeitada pelos jurados.
Durante a dosimetria da pena, o magistrado responsável pela sentença levou em conta uma circunstância agravante: o sofrimento psicológico causado à família da vítima. Um dos filhos de Maria de Nazaré desenvolveu depressão profunda e acabou cometendo suicídio meses após o assassinato da mãe.
O réu, que havia passado cerca de sete meses preso e aguardava o julgamento em liberdade, foi determinado a retornar imediatamente ao sistema prisional para cumprir a pena.
O feminicídio ocorreu na noite de 27 de julho de 2021, dentro da residência do casal, localizada em Parnaíba. Maria de Nazaré foi atingida por um tiro de espingarda no pescoço e morreu ainda no local. O caso gerou comoção na cidade e intensificou discussões sobre a violência contra a mulher no Piauí.
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, casos de feminicídio têm sido uma das principais preocupações das autoridades de segurança e direitos humanos no estado. Em situações de violência doméstica, é fundamental que mulheres procurem apoio imediato.
Se você ou alguém próximo está em situação de risco, denuncie:
- Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher)
- Delegacia da Mulher de Parnaíba: (86) 3323-7218
- Patrulha Maria da Penha: (86) 99476-8680
O combate ao feminicídio é uma responsabilidade coletiva. Denunciar pode salvar vidas.
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