Homem simula sequestro para extorquir a própria família e apostar em jogo do Tigrinho

 

Suspeito confessou que gastou os R$ 5 mil arrecadados com falsas ameaças em apostas no popular jogo virtual; caso foi registrado como estelionato e falsa comunicação de crime

Um homem identificado como Raimundo Vieira Lopes está sendo investigado pela Polícia Civil do Maranhão sob suspeita de ter simulado o próprio sequestro com o objetivo de extorquir cerca de R$ 5 mil da própria família. O caso foi registrado no município de Balsas, no interior do estado.

Segundo informações repassadas pela polícia, o valor obtido pela simulação foi integralmente destinado a apostas no jogo eletrônico conhecido como "Tigrinho", popular na região por prometer ganhos rápidos, mas amplamente criticado por seu potencial de causar vício e endividamento.

Durante o interrogatório, Raimundo Vieira confessou o crime e detalhou que utilizou os recursos para tentar saldar dívidas acumuladas no jogo de azar. O delegado Wlisses Alves, responsável pela investigação, destacou que a equipe policial se dirigiu até o local onde o suposto sequestro ocorreria, mas encontrou o homem com a chave do carro e o celular em mãos, o que levantou suspeitas imediatas.

“Deslocamos ao local, fizemos a incursão no ambiente e encontramos o rapaz com a chave do carro e o celular, o que por si só nos causou muita estranheza. Como alguém sequestrado estaria com a chave do carro e a porta fechada por dentro? Então, conduzimos ele até a delegacia”, afirmou o delegado.

Na delegacia, o caso foi oficialmente registrado como estelionato e falsa comunicação de crime. Raimundo responderá em liberdade, já que, para que haja prisão em flagrante por estelionato, é necessário que a vítima — neste caso, os próprios familiares — apresente representação formal contra o suspeito.

A polícia reforçou que ele usou artifícios fraudulentos para ludibriar os familiares, buscando lucro com base em ameaças inexistentes. A investigação permanece em curso para apurar todos os detalhes do caso e responsabilizar o autor conforme prevê a legislação penal.

O jogo do “Tigrinho”, que funciona por meio de plataformas virtuais de apostas, já esteve no centro de diversas denúncias de vício, endividamento e estelionato. Prometendo ganhos fáceis e rápidos, ele atrai jogadores com imagens coloridas e sons chamativos, mas pode levar a graves prejuízos financeiros e a situações como a registrada em Balsas.

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