A rotina acelerada, as pressões do dia a dia e a falta de autocuidado têm feito crescer os casos de estresse e ansiedade no Brasil. Mais do que apenas um problema emocional, esses distúrbios também impactam diretamente o corpo, provocando sintomas físicos como palpitações, dores musculares, insônia, refluxo e até cefaleias frequentes. No entanto, estudos apontam que uma alimentação equilibrada pode ser uma aliada poderosa na redução dos efeitos desses transtornos.
Estresse e ansiedade: quando o corpo também grita
Os sinais físicos do estresse e da ansiedade são cada vez mais comuns entre a população. Além dos sintomas emocionais, como irritabilidade e preocupação constante, muitas pessoas relatam dores no corpo, alterações gastrointestinais, tensão muscular e distúrbios do sono. Esses sintomas são, na verdade, o reflexo da produção elevada de cortisol — o hormônio do estresse — que afeta o equilíbrio de diversas funções no organismo.
Em reportagem anterior, o Portal Cidades em Evidência destacou como a busca pelo bem-estar emocional tem impulsionado práticas de autocuidado entre os brasileiros.
O papel da alimentação na redução do estresse
A alimentação tem influência direta sobre o sistema nervoso e emocional. Alimentos ricos em nutrientes como triptofano, magnésio, ômega‑3, vitaminas do complexo B e antioxidantes contribuem para a produção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, responsáveis pela sensação de bem-estar.
Confira abaixo alguns grupos alimentares que auxiliam no controle do estresse e da ansiedade:
Alimentos que ajudam:
- Triptofano: presente em ovos, peixes, leite, banana e castanhas. Estimula a produção de serotonina, promovendo relaxamento.
- Magnésio: encontrado no espinafre, abacate, sementes e aveia. Reduz a tensão muscular e melhora a qualidade do sono.
- Ômega-3: salmão, sardinha, linhaça e chia. Possui efeito anti-inflamatório e atua na regulação do humor.
- Vitaminas do complexo B: grãos integrais, carnes magras e vegetais verde-escuros. Contribuem para a saúde do sistema nervoso.
- Alimentos antioxidantes: frutas vermelhas, cacau e vegetais folhosos. Combatem os radicais livres gerados pelo estresse.
Alimentos que devem ser evitados:
- Açúcares refinados
- Alimentos ultraprocessados
- Cafeína em excesso
- Bebidas alcoólicas
Esses alimentos aumentam os níveis de cortisol, provocando alterações no humor e potencializando os efeitos da ansiedade.
Autocuidado e hábitos saudáveis: uma abordagem integral
Além da alimentação, outras práticas também são fundamentais para controlar o estresse. Dormir bem, praticar atividade física regularmente, ter momentos de lazer e buscar apoio psicológico são estratégias que complementam uma vida mais equilibrada.
A nutricionista funcional Amanda Duarte, em entrevista ao Portal, reforça que "um prato colorido, rico em fibras, proteínas e gorduras saudáveis, pode ser tão importante quanto a prática de meditação ou o acompanhamento terapêutico".
Para quem busca praticidade, materiais como eBooks com receitas saudáveis e práticas têm se mostrado alternativas acessíveis para inserir novos hábitos alimentares no dia a dia. Esses conteúdos geralmente trazem combinações de alimentos funcionais que ajudam a reduzir o estresse, sem abrir mão do sabor e da simplicidade no preparo.
Alimentação emocional e consciência alimentar
A chamada “fome emocional” é outro ponto de atenção: o consumo exagerado de alimentos calóricos em momentos de estresse pode gerar um ciclo de culpa e compulsão. Nesse sentido, a prática do "mindful eating" (comer com atenção plena) é recomendada para ajudar na reconexão com os sinais do corpo e na identificação real da fome física.
Quando procurar ajuda
Se os sintomas de estresse e ansiedade persistirem, é essencial buscar apoio profissional. O tratamento pode envolver acompanhamento psicológico, psiquiátrico e nutricional, com planos personalizados para cada paciente.
O autocuidado vai além de um momento de descanso: é um compromisso com a saúde e a qualidade de vida. E, muitas vezes, o primeiro passo está no que colocamos no prato.
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