Rússia rejeita proposta dos EUA para negociações de paz no Vaticano; entenda os motivos

 

Kremlin considera Vaticano inadequado por questões religiosas, políticas e diplomáticas

A tensão entre Rússia, Ucrânia e potências ocidentais ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira (23). O governo russo rejeitou oficialmente a proposta dos Estados Unidos para que o Vaticano sediasse uma nova rodada de negociações de paz envolvendo o conflito na Ucrânia. Segundo o Kremlin, a Santa Sé não seria um local neutro nem apropriado para as tratativas.

Vaticano não é considerado neutro, diz Kremlin

O porta-voz do Kremlin destacou que o Vaticano, apesar de sua tradição diplomática, está localizado em território italiano — país-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e da União Europeia (UE) —, o que, segundo a Rússia, compromete sua neutralidade no contexto da guerra.

Além disso, a sede da Igreja Católica Romana não seria bem recebida como local de negociação entre dois países majoritariamente ortodoxos. Segundo o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, seria “deselegante” usar uma plataforma católica para discussões que envolvem questões sensíveis entre nações de tradição ortodoxa.

Restrições de viagem dificultam negociações presenciais

Outro obstáculo destacado pelo governo russo é que vários de seus representantes estão sujeitos a sanções e restrições de viagem impostas por países ocidentais. Isso inviabilizaria a presença de autoridades russas no território do Vaticano, localizado na Europa.

Proposta partiu de Donald Trump após conversa com Putin

A sugestão para que o Vaticano fosse sede da negociação foi apresentada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após uma conversa privada com o presidente russo, Vladimir Putin. A proposta visava abrir um novo canal de diálogo, considerando a influência diplomática histórica da Santa Sé em mediações internacionais.

Papa Leão XIV se mostrou disposto a mediar

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, informou no início da semana que o Papa Leão XIV, recém-eleito e primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos, demonstrou disposição em atuar como mediador do conflito. Apesar disso, até o momento, o Vaticano não se pronunciou oficialmente sobre a proposta.

O Papa já havia sinalizado anteriormente, em declarações públicas, que a Santa Sé poderia colaborar na mediação de conflitos internacionais, embora sem mencionar diretamente a guerra entre Rússia e Ucrânia.

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Próximos passos nas negociações de paz

Com a recusa russa, as negociações de paz seguem sem uma plataforma definida. Especialistas internacionais apontam que alternativas estão sendo analisadas por países neutros, como Turquia e Suíça, que já atuaram em diálogos anteriores envolvendo os dois países.

Até o momento, tanto a Rússia quanto a Ucrânia continuam adotando discursos firmes, enquanto a comunidade internacional busca alternativas diplomáticas para encerrar o conflito, que já se arrasta desde 2022.


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