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| Foto: Reprodução |
João Henrique da Silva Matos, natural do Piauí, estava entre os três operários que perderam a vida após a queda de um elevador de cremalheira em um canteiro de obras da capital paulista.
São Paulo – Um acidente de trabalho fatal chocou o país na manhã desta segunda-feira (19), após a queda de um elevador de carga em uma obra localizada no bairro do Butantã, Zona Oeste da capital paulista. Entre as vítimas, está o jovem piauiense João Henrique da Silva Matos, de apenas 20 anos. A tragédia ocorreu no canteiro de obras do Condomínio Orquídeas, integrante do complexo residencial Reserva Raposo, situado na altura do km 18,5 da Rodovia Raposo Tavares.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o elevador de cremalheira — equipamento utilizado para transportar materiais e trabalhadores entre os andares de construções verticais — despencou do 17º andar por razões ainda desconhecidas. Três operários que estavam na cabine tiveram a morte constatada ainda no local.
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| Foto: Reprodução |
Além de João Henrique, foram identificados como vítimas fatais Raimundo Conceição dos Santos Júnior, de 26 anos, natural da Bahia, e Amarildo Alves da Conceição, de 43 anos, empresário terceirizado que atuava na obra. Uma quarta pessoa, que presenciou o acidente, precisou ser encaminhada a uma unidade hospitalar após passar mal, mas não corre risco de vida.
Seis viaturas dos bombeiros foram mobilizadas para atender a ocorrência. O caso está sendo investigado pelo 89º Distrito Policial (Morumbi), com apoio do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML). A BRZ Construtora, responsável pela execução do empreendimento, afirmou por meio de nota que está prestando assistência às famílias das vítimas e colaborando integralmente com as autoridades.
“Nos solidarizamos com os familiares das vítimas neste momento de imensa dor. As causas do acidente estão sendo apuradas pelas autoridades competentes, e estamos acompanhando de perto todos os desdobramentos”, diz o comunicado oficial da empresa.
A Prefeitura de São Paulo informou que a obra possui alvarás regulares e destacou que equipes da subprefeitura do Butantã e da Defesa Civil foram enviadas ao local para realizar vistorias.
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O clima no canteiro de obras era de consternação. Marcos Vinícius Coutinho, colega dos trabalhadores que perderam a vida, relatou o sentimento de tristeza:
“Estamos aqui desde o início da obra. Muito triste. A pessoa sai de casa para trabalhar e acontece uma tragédia dessas. Todo mundo se conhecia, almoçava junto. É uma dor muito grande.”
A morte precoce de João Henrique da Silva Matos mobilizou também familiares e amigos no Piauí, que aguardam o traslado do corpo para o estado. Ele havia se mudado para São Paulo em busca de melhores condições de vida e oportunidades de trabalho, como tantos outros jovens nordestinos que alimentam o sonho de um futuro digno longe da terra natal.
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