Hamas responde à proposta dos EUA para cessar-fogo com Israel e impõe novas exigências

 

O grupo exige fim da guerra e propõe trégua de 60 dias com libertação gradual de reféns

Hamas aceita proposta com condições e exige fim da guerra na Faixa de Gaza

O Hamas apresentou, neste sábado (31), uma resposta oficial à proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, mediada pelos Estados Unidos. A informação foi divulgada pelo próprio grupo em comunicado publicado pela imprensa internacional, como o jornal britânico The Guardian.

A proposta atualizada prevê a libertação de 10 reféns vivos, além de 18 corpos de israelenses em troca da soltura de prisioneiros palestinos detidos por Israel. Contudo, o grupo impôs uma condição central: o fim definitivo da guerra, ponto que antes era considerado inegociável pelo governo israelense.

Entenda o acordo de cessar-fogo proposto

O plano de paz, elaborado sob mediação dos Estados Unidos, Catar e Egito, foi desenhado para ser executado em três fases:

  • Primeira fase: Troca de reféns israelenses, sequestrados pelo Hamas, por prisioneiros palestinos. Esta etapa foi concluída em janeiro de 2025.
  • Segunda fase: Seria iniciada em março, com negociações para uma trégua mais longa e novos avanços no cessar-fogo. Entretanto, não foi cumprida após Israel alegar que a primeira fase precisava ser estendida. O governo israelense também passou a exigir a libertação de todos os reféns ainda mantidos em Gaza.
  • Terceira fase: Prevê negociações para a reconstrução da Faixa de Gaza e garantias de segurança.

Leia também: Ataques a Gaza se intensificam após impasse em negociações de cessar-fogo

Proposta atual amplia período de trégua

De acordo com informações do The Guardian, a nova proposta apresentada pelo Hamas estabelece que:

  • A trégua terá duração de 60 dias, com a libertação dos reféns acontecendo gradualmente ao longo desse período.
  • A proposta anterior, sugerida pelos EUA, previa que a soltura fosse realizada em dois lotes: no primeiro e no sétimo dia da trégua.
  • Além da trégua, o Hamas exige que haja um compromisso formal para encerrar a guerra, uma condição que Israel vinha recusando até então.

Israel intensifica ataques enquanto negociações avançam

Após o colapso da segunda fase do acordo, Israel voltou a intensificar os bombardeios sobre a Faixa de Gaza, aumentando a pressão sobre o Hamas e sobre as negociações. Fontes internacionais destacam que, apesar da resposta do grupo palestino, ainda não há uma definição sobre a aceitação total da proposta por parte de Israel.

O governo israelense mantém sua posição de que a guerra só será encerrada após a libertação de todos os reféns e a eliminação total da capacidade militar do Hamas.

Leia também: Conflito no Oriente Médio: veja os impactos da guerra entre Israel e Hamas

Próximos passos nas negociações

A resposta do Hamas será avaliada pelos mediadores — Catar, Egito e Estados Unidos — que devem pressionar Israel a aceitar ou ajustar os termos. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos, enquanto cresce a preocupação com a crise humanitária na Faixa de Gaza.

Se aceita, a trégua de 60 dias poderá representar o caminho mais próximo de uma solução, ainda que temporária, para a escalada do conflito.


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