ATAQUE CIBERNÉTICO AO GRUPO JORGE BATISTA EXPÕE FRAGILIDADE DIGITAL NO SETOR FARMACÊUTICO E CAUSA PREJUÍZO DE R$ 400 MILHÕES

 

Foto: Reprodução 


O silêncio que virou manchete: Drogarias Globo e Nazária Distribuidora enfrentam o maior ataque hacker já registrado no setor farmacêutico nordestino

Um dos maiores conglomerados farmacêuticos do país, o Grupo Jorge Batista, sediado no Piauí, foi vítima de um devastador ataque cibernético que abalou sua estrutura operacional e gerou prejuízos financeiros que já ultrapassam os R$ 400 milhões. A ofensiva digital, atribuída ao grupo hacker internacional Gunra, sequestrou os sistemas da companhia no dia 12 de maio, exigindo pagamento em criptomoedas para liberação dos dados — um clássico ataque do tipo ransomware.

Composto pelas conhecidas Drogarias Globo e pela Nazária Distribuidora Farmacêutica, o grupo teve suas atividades completamente paralisadas. Dados internos, transações comerciais, contratos e acesso a plataformas de gestão foram comprometidos. A interrupção das operações se estendeu por vários dias, afetando não apenas a sede no Piauí, mas também a rede de distribuição e centenas de filiais em diferentes estados do Brasil.

Prejuízo bilionário e feira adiada

O impacto financeiro é alarmante. Estima-se que, além das perdas diretas com vendas suspensas, o grupo tenha sofrido danos operacionais, rompimento de parcerias e desgaste da confiança de fornecedores e clientes. A Mega Feira de Negócios da Nazária, tradicional evento do setor que movimenta cerca de R$ 150 milhões em apenas dois dias, teve que ser adiada para os dias 24 e 25 de julho — mais uma consequência do ataque.

Resgate, ameaças e silêncio estratégico

Os criminosos cibernéticos deram um prazo para o pagamento do resgate, sob a ameaça de apagar permanentemente todos os dados capturados. Fontes internas relataram que a orientação do empresário Jorge Batista da Silva Filho, presidente do grupo, foi de não ceder à chantagem. No entanto, o receio permanece, e especialistas de São Paulo foram acionados para tentar neutralizar o ataque e recuperar as informações criptografadas.

Resposta da empresa e investigações em curso

Apesar da gravidade do episódio, a assessoria do grupo informou que os atendimentos nas Drogarias Globo foram restabelecidos e que novos protocolos de segurança digital estão sendo implementados. O crime está sendo investigado por órgãos competentes, com total colaboração da empresa.

A repercussão do caso gerou preocupação no setor farmacêutico e acendeu um alerta sobre a necessidade urgente de investimentos em cibersegurança corporativa, especialmente entre grandes redes que lidam com dados sensíveis e movimentam bilhões anualmente.

Lições e consequências

O caso expõe não apenas a fragilidade de sistemas informatizados frente a ataques sofisticados, mas também a vulnerabilidade de grandes empresas diante do avanço do crime digital no Brasil. Enquanto os danos ainda estão sendo contabilizados, o episódio entra para a história como um dos maiores ataques cibernéticos já registrados no setor privado nordestino.

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